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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

#7anos

Arthur, meu amor... há 7 anos Deus me mandou você.
7 anos... Tempo à beça, né não?! E já vivemos tanta coisa nesse tempo todo...
Qualquer mãe diria: “Nossa! Como passou rápido!” , mas vou quebrar o protocolo e dizer que não... passou devagarinho... calmamente... como tudo que diz respeito a você...
Sua dindinha Jacque disse algo dia desses que eu não pude deixar de me identificar: Depois de mãe, somos obrigadas a controlar nossas ansiedades e aceitar o fato de que cada criança tem seu tempo e mais ainda... que o nosso filho não tem que ser necessariamente igual ao filho do outro.
Houve um tempo em que todas as outras crianças falavam, menos você. Que todos interagiam, menos você. E houve até quem achasse que todos eram normais, menos você.
Veja bem, até o fato de você ter lido antes do tempo estimado, foi motivo de te rotularem como “o diferente”.
Essa página nós já viramos, filho. Com o tempo você falou, passou a interagir, e até seus amigos aprenderam a ler para você se tornar igual a eles.
Algumas coisas a gente ainda está colocando no lugar. Outras, a mamãe ainda não conseguiu entender. Mas o principal, filhote... é que você é único! Do seu jeitinho. Ainda que tenha medo de barulhos, de “parabéns”, de muvuca... 
E eu sei que com o tempo esses medos também vão passar. E sim! Eu estarei aqui, de camarote, vendo tudo acontecer, pois se tem algo que eu jamais vou me lamentar será o fato de você ter crescido e eu não ter visto. 
Nesses 7 anos em que tanta coisa já aconteceu, se tem algo que eu me orgulho é de poder dizer: Eu vi! Eu participei! Eu contribuí! 
Eu que já havia me despedido do bebê com a passagem pelo desmame, pela ida para a creche, pelo desfralde, vou preparando meu coração para o “adeus” ao meu menino que já está trocando os dentes de leite, que já pega na geladeira o que precisa, que já passa sozinho o protetor solar, que não precisa mais de mim para escovar os dentes ou mesmo para se vestir...
E peço a Deus que mais uma vez o tempo contribua e que não passe tão ligeiro.
Quero ter ainda mais alguns anos com você pegando no sono na minha cama. Ou voltando para ela, se enfiando no meio de nós e me acordando com o seu delicioso “Bom dia, mamãe!” às 7:00 nas manhã de sábado. 
Quero aproveitar o pouco tempo que ainda te agüentarei nos meus braços, no auge de seus 18 quilos. 
Quero sua solicitação para sentar ao chão e jogar “tapa certo” ou “adivinha quem?”, ainda que tenha almoço para fazer ou a roupa para estender no varal. 
Quero ser surpreendida com o seu “arroz, feijão e o quê, mamãe?” quando a sua fome chegar. E quero a sua ajuda para preparar o bolo da tarde.
Quero te beijar forte, ainda que com a sua preocupação de eu estar ou não de batom.
Quero seu questionamento de “tá feliiiiiiz????” ao me ver chateada. 
E quero o seu “Amo você” sorrateiro antes que eu descubra a arte que você acabou de fazer...
Ai filho.... É maravilhoso esse sentimento ambíguo de felicidade e tristeza ao te ver crescendo...
Eu rezo todos os dias para você se igualar ao que julgam ser normal na sua idade e por outro lado já me bate uma nostalgia doída porque eu sei que falta muito pouco para você criar asas e alçar vôo.
Vai entender? Só mãe entende... 
Você meu magrelo lindo que adora coreografias e ama me ajudar na cozinha ou a lavar o quintal.
Você que me admira, que é meu companheiro, me solicita, me ama desde que nasceu...
Você que tem o olhar mais doce e sincero que eu já vi na vida...
Você, que repete o tempo inteiro “mamãe... mamãe... mamãe...” só pelo prazer de repetir que sou sua mãe.
Pode chamar filho, pelo tempo que quiser.
Ainda que eu deixe de ser a “mamãe” e passe a ser somente “mãe”, ou “coroa”, ou o que você quiser que eu seja...
E eu vou ser, e eu vou estar, e vou continuar aqui... com você... por você.
Feliz aniversário.
Te amo. 
De novo, ainda e para sempre.
Mamãe.