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Lilypie Kids Birthday tickers

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006

1º mesversário

Trinta dias está fazendo meu pequeno rapaz.
Meu novo amor;
O dono dos meus dias (e das noites);
Meu príncipe;
Meu rei;
Meu tudo (mais que tudo);
Meu "delicinha", "gostoso", "bebê de mamãe";
Simplesmente o meu...

À noite cantaremos parabéns! Tentarei publicar as fotos amanhã.



Consulta - 1º mês

Foi ótima para me esclarecer todas as dúvidas do post anterior.
O que ouvi da Dra. Mônica foi o que tinha imaginado estar acontecendo. Ela disse que o choro pode ser tudo o que eu achava que era, ou não. Pode ser cólica, pode ser fome, pode até ser manha, que na verdade eu vou ter que descobrir meio que na intuição. Mas é claro, sempre eliminar o que não é. Primeiro, pressioná-lo contra minha barriga para ver se é cólica, pois o contato fará com que a barriguinha dele esquente e ele se sentirá melhor. Do contrário, tentar dar o peito. Sim, os berros podiam ser de fome. A quantidade do início já não é suficiente para ele, e que nada mais normal do que o tempo de intervalo entre uma mamada e outra ter diminuído e a quantidade (em ml) ter aumentado. Meu bebê está crescendo. Natural sentir mais fome... Ela disse apenas para que eu tenha o cuidado de verificar se realmente está mamando, ou apenas chupetando, pois se o intervalo for muito curto, pode ser que ainda não tenha havido produção de leite. E mais:
- Disse que devo tomar, pelo menos, 5 litros de água por dia;
- Disse que nada de produtos Natura, O boticário, etc, pelo menos até o sexto mês (aff);
- Disse que não haverá reação da vacina BCG;
- Disse que bebês sentem frio SIM. Sentem calor SIM. Que a sua temperatura difere apenas em 2 graus da nossa.
- Passou óleo mineral para as caspinhas;
- Nada de chá, água, ou qualquer outra coisa que o tire da "AMAMENTAÇÃO EXCLUSIVA!"
- Recusou-se a passar qualquer medicamento para eventuais febres, dores de ouvido, etc. Eu solicitei para ter os medicamentos em casa e não ter que ligar pra ela caso alguma coisa acontecesse. Ela disse que não passaria pois "nada disso vai acontecer com ele, pois você já o está medicando diariamente com o leite materno, e se, por ventura, algo aconteça, EU TENHO que saber, portanto, você VAI TER que ligar pra mim". Está certíssima...
- Disse que todos podem acordar mal humorados algum dia, inclusive os bebês. Que de repente ele só esteja de saco cheio de estar no carrinho ou no berço naquele momento, mas que nem por isso esteja fazendo manha. Faz sentido...
No mais, seu desenvolvimento foi muito bom. Está com 51 cm. Pesando 2,890 g.
Ah! Já ia me esquecendo! Na consulta anterior ele batizou a pediatra com uma bela mijada. Na de ontem, ele não mijou... fez pior!
Pena que ela conseguiu tirar a mão antes! kkkkkk

terça-feira, 21 de fevereiro de 2006

Quais os motivos do choro?

Esses últimos dias têm sido meio complicados.
Não sei o que tem acontecido com o Arthur...
Desde o início ele tem se mostrado um bebê tranquilo, tanto que as pessoas elogiam o fato dele quase não chorar, ficar quietinho no carrinho, etc. Porém, de domingo para cá ele tem encrencado para tirar o cochilo diário. E eu ainda não consegui detectar o que é.
No domingo eu estava almoçando na minha sogra e ele estava no carrinho. Começou a chorar... Só podia ser de sono, pois ainda não havia três horas que tinha mamado, então desci pra minha casa e tentei colocá-lo para dormir. Em vão... berrava, berrava e berrava. E só sossegava com meu seio. Fiquei preocupada dele estar fazendo meu peito de chupeta, então tentava acalmá-lo dando o colo. No colo ficava super bem, cochilava, mas bastava colocá-lo no berço ou na minha cama (onde é mais fresquinho) para que ele acordasse e começasse tudo outra vez. Bem, ele deve ter ficado nessa encrenca por umas três longas horas, quando finalmente dormiu, de 15:30 às 18:15. Quando acordou estava faminto e mamou. Mas encrencou novamente até as 19:40, quando resolveu, entre um colo e outro, mamar até as 20:30. Depois mamou de 22:25 às 23:00 e conseguiu dormir. A partir daí só acordou as 4:00 da manhã, mamando como se aquela fosse a última vez... tão esganado que colocou metade para fora!
Ontem ele seguiu esse mesmo ritual:
Ele encrenca
Dou colo
A encrenca continua
Dou peito
Dorme em seguida
Ponho no berço (ou na minha cama)
Minutos depois acorda
Todo o processo se repete
E eu me desespero
E eu choro
Até ele não aguentar de tanto sono e dormir de vez.
Nesses dois últimos dias parece que até a funchicórea (santo remédio) deixou de funcionar, motivo pelo qual passei a achar que já não é a cólica que o incomoda.
A diferença de ontem ficou por conta da noite. Ao invés de dormir direto como foi na noite anterior, acordou de duas em duas horas para mamar, tendo terminado a última mamada às 06:53. Depois acordou mais ou menos às 8:30... berrando! Face ao curto espaço de tempo com relação à mamada anterior recusei-me a dar o peito. "Não está com sono, não está com fome e não está sujo, só pode ser manha!" disse eu, tendo o aval do pai, da avó paterna, da empregada, seguido da avó materna (que chegou depois) e quem quer que estivesse estado na nossa casa pela manhã. Às 9:00, meu pequeno continuava inconsolável (embora eu já tivesse cedido ao apelo do colo), e cedi então aos apelos para mamar. Foi quando ouvi, da empregada, aquela frase que embora eu não concorde, pelo menos me fez pensar: "Será que seu leite não está sendo suficiente pra ele?" Bem, não acredito em leite fraco ou leite forte, isso é fato! Leite é leite, e se eu o estou produzindo, é porque ele é o suficiente para meu filho. Agora, pode ser que eu esteja impondo horários para as mamadas, e isso sim, fez com que eu pensasse a respeito. Não tenho que me preocupar se já se passaram duas, três horas para que ele mame novamente. Ora, se tenho leite, e se ele quer, por que vou negar? Ele está crescendo, pode ser que seu organismo esteja pedindo mais do que de hábito vem recebendo... então, a partir de hoje, amamentarei à medida que ele peça! Mesmo que isso me doa (fisicamente rs)!
Hoje ele já mamou 9:00, 10:30, 11:30, fazendo de 15 a 20 minutos em cada seio, e por fim às 13:05, quando fez 35 minutos no seio direito, mais 25 no esquerdo.
Só dormiu às 15:00. E seu sono não está tranquilo. Vez ou outra acorda, pego no colo, e dorme de novo.
Sei que sente alguma dor. Provavelmente na barriguinha. Mas essa dúvida só será esclarecida amanhã, na consulta à pediatra, quando perguntarei tudo: Se os sintomas são de cólica, de fome, de alguma outra coisa que o incomoda, ou simplesmente colite (o mal do colo)...
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Gostaria de agradecer a Ana Calabresi (mãe da Laura) pela preocupação e carinho.
Os sites de amamentação que vc indicou, eu já conhecia, e foi de grande ajuda para mim. Porém, antes dos sites, a melhor ajuda foi sua mesmo, com sua experiência própria com a Laura (ou vc acha que não vasculhei seu passado como mãe principiante? rs), o que me deixou tranquila em saber que não sou a primeira (nem serei a última) a me desesperar com as dificuldades próprias da inexperiência. Vc não tem noção do quanto me ajudou com seus relatos passados!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

Diversas

Desde a última semana muitas coisas aconteceram.

Teste da orelhinha
Arthur fez o teste da orelhinha. Um teste simples. Um pequeno fone é inserido no ouvido (um de cada vez), e este é ligado a um aparelho que faz a análise. Imaginei que fosse feito algum barulho para testar a capacidade de audição do pequeno, mas não. Nenhum sinal de barulho. Tanto que Arthur entrou na sala dormindo, dormindo permaneceu durante o exame, e dormindo saiu de lá. O resultado foi positivo para ambos os ouvidos. Tudo certo com meu bebê.
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O primeiro banho dado pela mamãe
Minha mãe tem passado os dias aqui em casa para dar banho no Arthur, lavar as roupinhas dele, etc. Nos primeiros dias ela dormiu aqui, mas desde a semana passada ela passou a ir embora. Pois bem, eis que na quinta passada, o maior calorão, meu pequeno fez aquela cagança, sem a menor chance de limpeza com os lenços umedecidos. Feliz da vida (adora ficar pelado), resolveu que a caquinha era pouca e providenciou uma bela mijada. Sabe chafariz? Foi assim... Xixi para todos os lados. Eu, sozinha com o Adriano, não tive alternativa senão dar o segundo banho do dia para a criança. E consegui. Sozinha!!!! Embora totalmente sem jeito, morrendo de medo de deixá-lo escorregar das minhas mãos, acho até que me saí bem. Me senti poderosa...
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Adelaide - a melhor amiga
Arthur já tem uma grande amiga, a Adelaide. Adelaide é uma girafinha amarela de pelúcia, dada de presente pela Amanda. Desde os primeiros dias tentávamos distraí-lo com a mesma (que até então não tinha nome), embora seja dito que nessa fase o bebê não curte brinquedos. Eis que percebemos que não só ele se distrai com a amiga, mas que é completamente apaixonado por ela! Nessa de ficar peladinho no trocador onde sempre está feliz da vida, ele simplesmente fica vidrado na girafa. Se preciso, se vira para melhor visualizá-la. E bate altos papos com ela! E sorri... o tempo todo! É incrível... Só acredita quem vê. Na família todos já conhecem a Adelaide pelo nome. E se ele chora é um tal de "Tadinho... cadê a Adelaide, cadê?" rs
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Peripécias
Meu pequeno acha que já é um bebê de meses (ele tem dias). Se colocamos em pé para arrotar, por exemplo, ou ele quer escalar nosso corpo, ou empina a cabeça para trás o tempo todo. E tem uma força nas perninhas... Temos que ter atenção redobrada. Todos dizem que ele parece ter mais que apenas vinte e três dias...
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Novas medidas
Já cresceu. Segundo o pai, que o mediu dias atrás com uma daquela fitas métricas de costureira, ele já alcançou os 50 cm. Confirmaremos no dia 22, na próxima consulta.
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Dificuldades
Como nem tudo são flores, o Arthur tem tido prisão de ventre nos últimos dias. Imagino que ele tenha votade de fazer, faz força, e como não consegue, berra de dor. Sim, ele berra! E sem saber o que fazer fico ali, tentando consolar o pequeno no colo... Minha mãe tem enchido meu saco de que eu deveria dar chá de erva doce para acalmá-lo, mas eu venho recusando. Se é amamentação exclusiva, tem que ser exclusiva! Mas, sinceramente, ontem à noite repensei isso, e quase cedi aos apelos do chá. Para quem não tem experiência em cuidar de um récem nascido, é duro ouvi-lo berrar durante a noite sem saber o que fazer, sem ter qualquer alternativa além do colo e da mama. Ontem ele ficou chorando de 22 às 23:50. Chorava, se contorcia, eu pressionava contra meu peito, colocava para mamar, ele dormia. Então acordava chorando de novo e todo o processo se repetia. E não adiantava o colo do Adriano, tinha que ser o meu. E para completar, minha coluna resolveu doer, ou melhor, queimar de dor. Enfim, passei a noite quebrada! Como hoje o Adriano foi levar o resultado do exame de urina para a pediatra analisar, ele vai aproveitar para perguntar o que fazer nesse caso.
Além disso tem o problema que venho enfrentando com a amamentação, mas disso vou falar depois pois ele acabou de acordar...
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No presente que ganhou da nossa turma de amigos

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2006

Amamentando

Desde o início da gravidez eu sempre liguei a maternidade à amamentação.
Tanto que nem fiz questão de comprar mamadeiras para o enxoval. Na última semana de gestação meu chefe perguntou por elas e ao receber como resposta: "É a única coisa que está faltando", tratou de providenciar o jogo completo: 03 mamadeiras de tamanhos diversos mais chupeta. Como se aqueles fossem itens principais de um enxoval.
Nunca passou pela minha cabeça ter um filho e não amamentá-lo. Motivo pelo qual mamadeiras e similares recebiam título de supérfluos na minha relação de prioridades do que deveria comprar.
Claro que eu tinha muito medo de não ter leite... ou deste não ser suficiente para satisfazer o bebê... ou do bebê simplesmente rejeitar o bico. Todos esses medos comuns em 10 entre 10 gestantes! Se for gestante de primeira viagem então, o medo se torna quase que uma paranóia...
Mas eu seguia confiante de que tudo daria certo e que o primeiro passo para que isso acontecesse era ter o pensamento positivo...
No segundo dia de vida do Arthur, o pediatra veio ao quarto e me ensinou a técnica da tesoura para amamentar, onde eu deveria usar dois dedos para ajudar o bebê a achar o bico. Era uma aula teórica, já que o Arthur não estava lá para colocarmos em prática o que a mamãe estava aprendendo. Aliás acho que o Arthur também deveria ter assistido essa aula, já que era um exercício que estaríamos, a partir daquele momento, praticando juntos! Pois bem, antes de sair do quarto o Dr. Sergio perguntou: "Entendeu mãe?" "Acho que sim!". Parecia fácil realmente... E, além disso, tinha o tal do instinto materno... rs.
Quando a enfermeira o trouxe do berçário simplesmente falou: "Ele ainda não mamou... pode dar 5 minutos em cada seio..." e saiu do quarto. Bem, ficamos lá, eu e Arthur, para colocarmos em prática o nosso plano de sermos uma dupla infalível.
E até que começamos muito bem... ele imediatamente descobriu que o seio foi feito para sugar, e a técnica da tesoura também foi um sucesso... mas, estava saindo alguma coisa? Não sei! Ele sugava... parava... me olhava... sugava de novo... descansava e assim sucessivamente. À noite não quis participar da brincadeira e preferiu a facilidade da chuquinha.
Não me descabelei. Ora, era o segundo dia de vida do bebê. Ele precisa aprender...
No terceiro dia de vida, já em casa, ele pegou o bico com uma força de dar inveja a muitos banguelas... como pode gengiva de bebê ser afiada como uma navalha? rs
Ainda era o colostro, quase transparente, e embora parecesse que nada saía do meu seio eu sabia que aquele ali era o que de mais forte meu bebê receberia. E mamou bem, seguindo direitinho os horários, variando entre 3 e 4 horas de intervalo.
No dia seguinte meus seios encheram. Acho que dobraram de tamanho. E doíam muito.
Nossa! Era uma mistura do coçar, mais o latejar, mais o pinicar, mais o doer... tudo de incômodo!
E o que tinha que ser motivo para felicidade se tornou momentos de desespero. O bico que meu bebê tinha feito sumiu, e com fome, ele berrava!
Aí entrava a cruel dúvida: Deixá-lo com fome até que encontrasse o bico ou ceder aos apelos de todos para dar o leite Nan? Bem, resisti ao máximo, mas ao perceber que a fome não seria a melhor saída para um bebê, recém nascido, indefeso, e além disso meu filho não tive outra saída senão preparar a bendita chuquinha de Nan e rezar para que ele não se habituasse ao bico de plástico. Eis que a idiota aqui sequer cogitou a possibilidade de tirar leite materno na bomba, tamanho era o meu desespero vendo o desespero de meu filhotinho. Minha cabeça só funcionou quando ele saciou a fome, e aí então coloquei em prática a árdua tarefa de retirar leite com a bomba antes que ele acordasse novamente com fome.
Aliás, o que é "tirar leite com bomba?" Quem inventou isso? Sentir aquela dor não pode ser normal... se não fosse pelo bem de meu filho... Bem, mas isso é um capítulo à parte!
Não é à toa que nós, mães, padecemos no paraíso...
Bem, graças a Deus a estória da bomba não precisou ser repetida nos dias seguintes, muito menos a do NAN. Ele continua lá, esperando por uma emergência, que em duas semanas só aconteceu mais uma vez, no dia de levarmos ao pediatra e eu fiquei toda enrolada com horários e etc, o que também não justificou eu ter dado, mas que acabei dando... e a bomba... essa foi usada ontem, porque o Arthur teve crise de cólica e se recusou a pegar no seio. Após retirar o leite e ele ter mamado conseguiu evacuar, e tudo voltou a ser como era antes...
Algumas vezes ele fica irritado quando não tem facilidade para encontrar o bico e simplesmente faz escândalo... então mamãe tem que manter a calma (o que é muuuuito difícil...) para acalmá-lo, e continuar na tentativa.
Bem, meus seios estão de um jeito de dar dó. Não estão rachados, mas estão feridos, o que faz com que cada sugada me leve à lua para dar um passeio e voltar feliz da vida, pois ele está ali, mamando, e isso sim, é o mais importante pra mim!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006

O Parto

O dia anterior
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As pessoas que me ligavam perguntavam como estava me sentindo...
Na verdade nem eu mesma sabia. Era um misto de alegria, medo, ansiedade, uma revolução de sentimentos... então resolvi que passaria o dia na piscina tentando relaxar (e fugindo do calor insuportável que fazia)... E como tudo já estava arrumado, fiquei lá até 17 horas. Depois fui à missa. Quando cheguei em casa recebi visitas... Quando vi já eram 22 horas e eu ainda não tinha jantado... Achei melhor lanchar, mas não resisti ao bolo de chocolate (ultimo desejo na condição de grávida!)J
O que se seguiu foi uma interminável tentativa de dormir. Quem disse que eu consegui?
Rolei de um lado pro outro a noite inteira. Passaram-se 2, 3, 4, 5 e 6 horas da manhã e eu lá, sentindo uma dor que percorria o lado direito do corpo, seguindo pro lado esquerdo e se alojando na direção do coração como se ele fosse parar de bater, subindo pela garganta como se fosse em sufocar... algo que não consigo nem descrever... algo que eu NUNCA senti...
Pensei: “Meu Deus! Que dor é essa? Vou acabar tendo que ligar pra Dra. Laura e desmarcar a cirurgia...” E coloquei a culpa no bolo de chocolate, na sopa leve que não fizeram para mim, em mim mesma por não ter feito a sopa leve, no Adriano que conseguia dormir...
Às 5 e meia resolvi, num ato desesperador, me forçar a colocar pra fora o que me incomodava, e consegui! E então foi pior ainda... o estômago começou a doer também!
Enfim, 6 horas da manhã! Dali a duas horas estaria entrando em cirurgia e meu bebê estaria comigo momentos depois.
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23 de janeiro - Nasce o Arthur!
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Hora de ir para a Maternidade. E aquela dor (sei lá da onde) continuava...
Quando já estava no quarto e Dra. Laura chegou, perguntou se estava tudo bem. Minha resposta: Não! Tô passando mal... (rs) Ela disse ser o mal de toda gestante prestes a ter bebê... Nem me deu bola... Já está mais do que acostumada...
Perguntei se a Pretinha poderia filmar o parto e ela disse que não seria com ela, que o Hospital deveria liberar. A Pretinha já havia falado com a responsável pelo Centro Cirúrgico que havia autorizado, então ficou esse disse não disse, Dra. Laura disse que iria consultar a equipe, e eu que já estava nervosa, fiquei mais ainda.
Não tive tempo de aguardar a autorização, pois já vinha a maca me buscar.
Já no Centro Cirúrgico, o anestesista fez a mesma pergunta, se eu estava bem. E a mesma resposta foi dada. Perguntou meu nome. “Não fica assim Sandrinha (sim, me chamou de Sandrinha), já já essa dor, que só existe na sua imaginação, vai ter passado... Meu nome é Sérgio.” Então fui obrigada a responder: “Então é você o monstro que aplica injeção. Já ouvi muito a seu respeito...” E ele: “Tudo intriga da oposição!!!” rs Só rindo... Ao invés de ter pânico da anestesia, achei o sujeito muito engraçado, e realmente nada senti! Nem o tal geladinho que todo mundo fala.
Dali a pouquinho subiu o lençol na minha frente e o Dr. Sérgio novamente veio perguntar se estava tudo bem. Quando eu ia perguntar pelo Adriano, alguém da equipe já havia perguntado e a Dra. Laura, para meu alívio, respondeu: ”Pode... pode entrar marido, amiga, câmera, todo mundo!” rs
Dali, o que se seguiu, foi uma conversa entre toda a equipe, de um assunto que nada tinha a ver comigo. Viagem, final de semana, feriado. Dali a pouco, ouvi alguém perguntar: “Quer que eu pressione Laura?” E aí sim, eu senti uma pressão na barriga. Não era dor. Era pressão... A Pretinha filmava tudo, e o Dri ficou ao meu lado. Algumas vezes sorria. Outras, arregalava os olhos. Estava nervoso também.
Em menos de meia hora eis que o Dr. Sérgio anuncia: “Nasceu o Arthur!”. E instantaneamente, meu bebê abriu o berreiro. Um dos motivos que o fez ter 10 de Apgar!
A partir dali, um desespero para nós, mães! O pediatra retira o bebê das mãos da obstetra, passa por você (mera espécie decorativa) e vai cuidar de seu pimpolho sem te dar a menor confiança. E você fica ali, ouvindo os berros de sua cria num bercinho atrás de você, sem poder se mexer. Perguntei pra Pretinha se parecia comigo, e ela disse que sim.
O Adriano deixou de me olhar. A atenção dele agora era só do Arthur... rs (Depois vi na filmagem que ele passou mal quando o pediatra fez o procedimento de sugar líquido do bebê, inserindo aquela borracha em sua pequena garganta) rs. Não consigo visualizar o que sairia de uma filmagem feita por ele... kkkk
Depois de longos (muito longos) minutos, o pediatra colocou o Arthur sobre mim. E os berros cessaram no mesmo instante em que o toquei. Sim, meu bebê me reconheceu. Eu já era a mãe dele há muito tempo. Há nove meses ele já me conhecia. Eu só conheci seu rostinho naquele momento, mas ele só precisou me reconhecer... Preciso de mais alguma coisa?!
E o resto foi só o resto! Fiquei ali tendo finalizado os procedimentos da Dra. Laura, enquanto o Arthur, seguido pelo papai e pela tia Pretinha, foi encaminhado para a encubadoura.

A primeira consulta ao pediatra

Na verdade, essa consulta só deveria ser feita com 01 mês, mas eu estava com muitas dúvidas a respeito de tudo, e tive um outro bom motivo para antecipar a visita. Por duas manhãs seguidas percebemos uma rajadinha muito leve de sangue na fralda. Só aconteceram essas duas vezes, depois sumiu, mas aí eu já tinha ligado pra pediatra e pedindo qualquer horário disponível, já que ela estaria voltando ontem de férias, e consequentemente sua agenda estaria lotada. Chegamos lá às 9 e tivemos que aguardar um encaixe, o que só aconteceu às 11:30. A Dra. Mônica foi muito atenciosa e me tirou muitas dúvidas de mãe principiante. Com relação ao sangramento, disse ser normal, mas passou um exame de urina para destacarmos qualquer possibilidade de infecção. Disse que todo bebê nasce com fimose e que esta tem a tendência de regredir coforme a criança cresce. Ensinou uma massagem (que minha mãe já vinha fazendo) para ajudar nessa regressão. O fato dele evacuar três, quatro vezes ao dia, semelhante a diarréia, é normal. Todo recém nascido pode evacuar tantas vezes mamar. Nos orientou a respeito das vacinas, pedindo atenção para a Rotavírus que entrará em campanha nacional pelo governo. Passou o teste da orelinha que ainda vou pesquisar na net para ter detalhes. Ela disse que é colocado um fone no ouvido do bebê, acho que deve ser uma espécie de audiometria... (?)
Ficou furioso na hora que tiramos suas roupinhas e como troféu deu uma boa mijada nas mãos da pediatra (kkkkk). Já está com 47,5 cm e com 2.275 gramas (ele nasceu com 2,360 mas saiu da maternidade com 2,180 descontando o inchaço). Ela reforçou minha dieta, cortando chocolate, cafeína, camarão, frutas ácidas, etc. E que devo tomar, no mínimo, 03 litros d'água diariamente. Outra dúvida que eu tinha era em relação aos horários das mamadas. Nunca estava certa em deixá-lo dormir ou acordá-lo de 3 em 3 horas. Ela disse que normalmente respeita-se o tempo da criança, mas isso quando já é um bebê maior (em idade). O Arthur, além de ser um recém nascido, ainda está abaixo do peso, e que devo sim, acordá-lo de 3 em 3 horas para mamar. Já vi que estarei ferrada, já que quando o acordamos ele fica mal humorado, sonolento e recusa-se a pegar o bico. Sim, ele simplesmente "trava" a boquinha. Certa vez eu disse que o Arthur mostrava ser, ainda na barriga, um bebê de muita personalidade. Estou tendo provas disso diariamente... rs. Resolvi, então, que seguirei esses horários durante o dia. À noite, o horário é dele. Não vou acordar o bichinho de madrugada... De dia é muito mais fácil, já que sempre tem alguém do lado pra me ajudar com a paciência. Do mais, disse que tudo que vem acontecendo com ele é normal: a pele que está trocando, a luta para pegar o bico do peito, enfim, tudo normal!
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Ontem também foi dia de minha visita à Dra. Laura para retirada dos pontos.
Tudo certinho. Pontos sequinhos. Mamãe "quase" que novinha em folha!
Após essa maratona de pediatra pela manhã e obstetra à tarde, estava aos frangalhos...
Graças a Deus Arthur cooperou com a mamãe e foi dormir às nove, acordou à 1 da manhã para mamar e depois só às 7, com uma fome digna de um pequeno felino!