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terça-feira, 13 de abril de 2010

A saga da fala

Sexta-feira veio na agenda da escola um pedido de reunião com os familiares.
Escolheram um dia péssimo e um horário pior ainda. Respondi que infelizmente não poderia naquele dia, mas adiantei uma data propável e pedi que a tia me ligasse para me adiantar o assunto - meu signo é touro, sabem né? rs.
E aí que eu esperei o dia inteiro e nada de me ligarem. Liguei então. Óbvio. Não ficaria até o dia 28 (dia em que eu agendei) sem saber o motivo da reunião.
Fui atendida pela coordenadora, Odenise, que mais me ouviu do que falou.
O motivo? O de sempre, de novo e mais uma vez: Fala e interação.
Sinceramente? Esse assunto passou a me cansar...
Primeiro porque eu não sei o que fazer para fazê-lo soltar o verbo. Se a própria neuropediatra me diz que minha ansiedade atrapalha o processo e que ele é tímido e pronto, o que eu posso fazer para ajudar?
Segundo porque eu já vejo muita evolução dos últimos seis meses para cá. Basta passar os últimos vídeos aí de baixo e vocês vão concordar comigo. Quando que ele cantava? Quando ele contava até 20? E em inglês, que ele conta até 5? E as letras que ele conhece todas, vogais e consoantes? E as formas geométricas? Até o pentágono ele conhece...
Enfim... 
Passei tudo isso para ela, que me ouviu atentamente e longamente, mas infelizmente, o que ela quer eu não posso fazer...
O texto dela é o de praxe e eu até concordo, em parte. Ela também não tem a receita para fazê-lo falar, também não tem dicas, mas acha que a gente tem que ter esse bate-bola pra trabalhar junto: escola e família. Acho digno por parte da escola.
E então eu perguntei se ela não via os avanços por lá também. Ela disse que sim. Que inclusive outra preocupação dela é esse avanço inesperado de conhecimento. Porque se ele não fala como esperado para a idade dele, ele também tem o conhecimento acima da sua faixa etária, na verdade, seu nível de conhecimento é esperado para crianças acima de 6 anos, e também isso precisa ser observado. 
Pronto! Ele não pode ser inteligente! 
Seria cômico, né? Mas não é.
No domingo, por exemplo, ele se sentou sozinho na sala e ficou folheando minhas revistas.
Para cada título da página, ele soletrava letra por letra, direitinho. Ao final batia palmas de si mesmo e falava: "Muito bem! Todas as letras!"  Foi a Ziza quem me chamou para ver e ouvir. Eu ainda não tinha visto.
Na última visita que fizemos para a Rô ele pegou um brinquedo de encaixe do Davi de formas geométricas, e para cada forma encaixada o referido nome: quadrado, triângulo, retângulo e... pentágono! Gente, nem eu sei direito o nome das formas geométricas... (desculpa aê! rs)
Mas essas pequenas coisas têm me assustado sim! Tenho orgulho, claro! De bater no peito e dizer: "Viu? Ele não bate papo mas é um gênio!"  Mas no fundo eu sei que isso não é normal. Ou é. Sei lá! Confusão é o meu nome!
E aí voltando ao papo com a coordenadora. Eu falei com ela que em casa ele vai indo muito bem. Que tem brincado muuuito com as crianças da família, especialmente com o Cauã e o Bê. Com os menores ele não dá muita bola, mas também não maltrata, como nunca maltratou. Se os maiores estão com companhia da mesma idade, Bê e Robson, por exemplo, ele passa a ser excluído, e por isso prefere brincar sozinho. Não vejo isso como um problema. Há de chegar a hora em que ele será visto pelos outros como um menino crescido, e então vai se entrosar. Enquanto isso, como aconteceu no último sábado, Bê, Robson e Victor estavam brincando de pique-esconde entre eles e Arthur foi pego em flagrante brincando também... sozinho! "1, 2, 3, ..., 10! Lá vou eu!"  atrás de ninguém, tadinho. Dá uma pena, sabe? Mas não posso obrigar os maiores a aceitá-lo... como não posso obrigá-lo a brincar com os menores.
E então eu faço o quê?  
A escola deveria ser o melhor lugar pra ele ter contado com sua faixa etária, mas esbarramos no problema de serem todos os amiguinhos mais novos e ainda ter o agravante dele ter esse avanço de maturidade. Aff! Complicado, viu?
De qualquer forma marquei o encontro com a coordenadora no dia 28 e também estará presente a tia Thaís. Espero ouvir delas que a escola não está apenas me cobrando atitudes, mas que também tem feito a parte dela na socialização dele com os amigos de turma.
Ontem ele teve sessão com a fono e eu conversei a Paulinha.
Disse que atualmente está trabalhando com ele com a  formação de frases e que ele tem se saído muito bem. Reiterou a tese de "inteligência acima do normal" e disse que também já havia observado isso.
Ela confirmou os avanços nas últimas semanas e disse que vai preparar um relatório para eu entregar na escola.
Enquanto isso, fiquem com meu coelhinho preferido!

Um comentário:

Anônimo disse...

Sandra, que coisa menina! Tem coisas que são tão difícies, nessa arte de ser mãe.
Eu não tenho nenhuma experiência no assunto, então nem posso opinar. Mas, pelo que vc escreve tem feito tanto, é fono, neuropediatra, acompanhado médico, familiar e escolar, e sempre vemos fotos e vídeos do Arthur sorrindo e com uma carinha de sapeca que dá vontade de apertar. Eu acredito que td o que pode ser feito, já está sendo feito, você não está sendo negligente em nada, o resto é esperar o tempo e as respostas dele.
Beijos!