Pois é.
Depois de muito pensar, fazer cálculos, ponderar pós e contras, eu bati o martelo e passei Arthur para o horário regular da escola, meio período.
Foi simples, mas não foi.
Necessitava ver se minha mãe ficaria com ele pela manhã. Se o pai poderia levá-lo no meio do dia. Se a funcionária da loja poderia chegar mais cedo. Se ele ficaria bem. Se... se ... se.
Tinha o lado ruim... ao invés daquele quintalzão todo da escola pela manhã (à tarde ele segue direto pra sala de aula) ele passaria a ficar dentro de casa com minha mãe... e ele não teria a tia Adriana (que quase me matou quando eu levantei a hipótese)... e ele não teria o convívio com as crianças mais novas e mais velhas que ele... e... e...
Mas tinha o lado bom também... ele ia poder acordar um pouquinho mais tarde, ia ter mais tempo em casa, eu economizaria metade da mensalidade (que cobriria o investimento da fono e da natação), e, o que mais pesou na decisão, em casa poderíamos controlar melhor sua alimentação, uma vez que a alimentação da escola estava totalmente inadequada para a atual alimentação dele...
Pausa
Ele fazia três refeições na escola: colação, almoço e lanche da tarde. Quando ele entrou em dieta e eu apresentei o cardápio da escola para a nutricionista, ela levou um susto (e eu também): cachorro quente, pizza, empadinha, pastel frito e brigadeiro são alguns dos itens que me lembro e que constavam no cardápio que eu mesma autorizei (todo início do mês elas mandam para aprovação). Passou despercebido por mim, sabe? E eu assumo a MINHA falha. Não é o tipo de lanche que eu ofereço para ele em casa normalmente e acho muito errado que a escola sirva isso de lanche. Comer nos finais de semana esporadicamente, tudo bem. Mal algum. Mas na escola? Porém não podia reclamar, uma vez que eu assinei aprovando. Fui relapsa esses meses todos e sei lá se não foi isso que contribuiu para esse aumento de triglicerídeos.
Enfim...
Como previsto, a nutricionista condenou a alimentação da escola e eu passei a mandar arroz integral, biscoitos integrais, corn flakes sem açúcar, enfim... coisas que nem são tão caras mas que a escola não teve a iniciativa de oferecer (só para ele?). Falei na reunião escolar e tive apoio dos pais que também recriminaram a alimentação, mas acho que ninguém quis se comprometer e ficou por isso mesmo. Na semana seguinte passei meu desapontamento para a coordenadora com relação aquela alimentação e as respostas que tive foram: "mas sempre foi assim... "mas as crianças gostam...". Sim. Eu sei que gostam. Eu também amo pizza mas jamais vai fazer parte do meu lanche da tarde... ainda que eu não esteja com o triglicerídeo alto. Por que as crianças que não tem, com certeza terão a probabilidade de ter.
Pior que isso é eu imaginar o lanche em conjunto, todos comendo cachorro quente e Arthur não podendo comer porque a mãe chata dele não quer que ele coma... Ela pediu que eu escolhesse: ou deixava arthur vendo os outros comendo o que ele não poderia comer. Ou tirariam ele da sala do lanche (no melhor estilo: o que os olhos não vêem o coração não sente). Optamos juntas em não separá-lo e que nos dias dos lanches "deliciosos e proibidos" eu mandaria algo que ele gostasse muito mais, como corn flakes, por exemplo.
E assim eu pagaria pelo que ele deveria ter direito e ninguém cogitou sequer um desconto por isso. E eu também não pedi. E assim as semanas se passaram. Eu mandando o cereal e vários tipos de biscoitos para serem dados na medida que aparecesse algo "proibido" na mesa. E achando injusto. E só.
Perguntei para a dona da escola se poderia passá-lo para o meio período, como experiência somente, e ela perguntou o motivo. Eu falei do controle da alimentação e ela falou "tudo bem". Não senti uma "vontade de ajudar", sabe? Dizer que reavaliaria a alimentação das crianças, sei lá. Como se não fizessem muita questão. E aí isso influenciou muuuuito para a minha tomada de decisão.
Despausa
Então...
Aí eu ainda fiz outro cálculo... o horário de entrada na escola é 8h mas raramente Adriano conseguia chegar com ele na hora certa, ou seja, menos 01 hora de aula. Após o almoço ele dormia por 1h 30 a 2h, ou seja, menos duas horas de aula. Sendo que em casa ele nem dorme durante o dia, então já não é uma soneca tão necessária assim. Cheguei a conclusão que o horário da manhã na escola não rendia tanto e isso também influenciou.
Aí durante a última semana de colônia de férias eu só avisei pra dona da escola e pronto, estava tudo resolvido. Desde 02/08/10 meu menino estuda em horário escolar, na parte da tarde. É aluno do jardim I. A mochila está levando roupas extras mas somente para uma eventualidade. Não há mais banho antes da saída. A sujeira na roupa do corpo vai indicar suas atividades naquelas 4 horas... se ele brincou de massinha, ou de tinta, ou se esfregou no chão.
E vai levar lanche todos os dias. Ganhou até uma lancheira minúscula do Hot Wheels! Vou ter o trabalho delicioso de imaginar toda a noite o que ele vai gostar de comer no dia seguinte, e para evitar ficar de olho no lanche servido pela escola, estou preparando o dele de acordo, sempre que possível.
Vou até me esforçar para fazer um bolo nas quintas feiras, já que toda a sexta a escola oferece bolo.
Ah sim, e teve uma coisa mais positiva ainda!
Não sei se por minha causa, ou se mais alguém reclamou, o fato é que o cardápio da escola desse mês veio totalmente modificado. Nada mais de cachorro quente, pizza, empadas e brigadeiros.
Engoli a minha lamentação "puxa... não podiam ter feito isso antes?" e fiquei feliz deles terem aceito a crítica e feito as modificações. Bom para os que permanecem e para o Arthur que não vai se sentir diferente vendo os outros comendo e ele não.
E então é isso. O sentimento é de que acabou mais uma etapa na vida dele. O próximo passo será passá-lo para uma escola maior, definitiva. Da onde só sairá para a Universidade. Mas deixemos isso para um pouco mais a frente!
Foi simples, mas não foi.
Necessitava ver se minha mãe ficaria com ele pela manhã. Se o pai poderia levá-lo no meio do dia. Se a funcionária da loja poderia chegar mais cedo. Se ele ficaria bem. Se... se ... se.
Tinha o lado ruim... ao invés daquele quintalzão todo da escola pela manhã (à tarde ele segue direto pra sala de aula) ele passaria a ficar dentro de casa com minha mãe... e ele não teria a tia Adriana (que quase me matou quando eu levantei a hipótese)... e ele não teria o convívio com as crianças mais novas e mais velhas que ele... e... e...
Mas tinha o lado bom também... ele ia poder acordar um pouquinho mais tarde, ia ter mais tempo em casa, eu economizaria metade da mensalidade (que cobriria o investimento da fono e da natação), e, o que mais pesou na decisão, em casa poderíamos controlar melhor sua alimentação, uma vez que a alimentação da escola estava totalmente inadequada para a atual alimentação dele...
Pausa
Ele fazia três refeições na escola: colação, almoço e lanche da tarde. Quando ele entrou em dieta e eu apresentei o cardápio da escola para a nutricionista, ela levou um susto (e eu também): cachorro quente, pizza, empadinha, pastel frito e brigadeiro são alguns dos itens que me lembro e que constavam no cardápio que eu mesma autorizei (todo início do mês elas mandam para aprovação). Passou despercebido por mim, sabe? E eu assumo a MINHA falha. Não é o tipo de lanche que eu ofereço para ele em casa normalmente e acho muito errado que a escola sirva isso de lanche. Comer nos finais de semana esporadicamente, tudo bem. Mal algum. Mas na escola? Porém não podia reclamar, uma vez que eu assinei aprovando. Fui relapsa esses meses todos e sei lá se não foi isso que contribuiu para esse aumento de triglicerídeos.
Enfim...
Como previsto, a nutricionista condenou a alimentação da escola e eu passei a mandar arroz integral, biscoitos integrais, corn flakes sem açúcar, enfim... coisas que nem são tão caras mas que a escola não teve a iniciativa de oferecer (só para ele?). Falei na reunião escolar e tive apoio dos pais que também recriminaram a alimentação, mas acho que ninguém quis se comprometer e ficou por isso mesmo. Na semana seguinte passei meu desapontamento para a coordenadora com relação aquela alimentação e as respostas que tive foram: "mas sempre foi assim... "mas as crianças gostam...". Sim. Eu sei que gostam. Eu também amo pizza mas jamais vai fazer parte do meu lanche da tarde... ainda que eu não esteja com o triglicerídeo alto. Por que as crianças que não tem, com certeza terão a probabilidade de ter.
Pior que isso é eu imaginar o lanche em conjunto, todos comendo cachorro quente e Arthur não podendo comer porque a mãe chata dele não quer que ele coma... Ela pediu que eu escolhesse: ou deixava arthur vendo os outros comendo o que ele não poderia comer. Ou tirariam ele da sala do lanche (no melhor estilo: o que os olhos não vêem o coração não sente). Optamos juntas em não separá-lo e que nos dias dos lanches "deliciosos e proibidos" eu mandaria algo que ele gostasse muito mais, como corn flakes, por exemplo.
E assim eu pagaria pelo que ele deveria ter direito e ninguém cogitou sequer um desconto por isso. E eu também não pedi. E assim as semanas se passaram. Eu mandando o cereal e vários tipos de biscoitos para serem dados na medida que aparecesse algo "proibido" na mesa. E achando injusto. E só.
Perguntei para a dona da escola se poderia passá-lo para o meio período, como experiência somente, e ela perguntou o motivo. Eu falei do controle da alimentação e ela falou "tudo bem". Não senti uma "vontade de ajudar", sabe? Dizer que reavaliaria a alimentação das crianças, sei lá. Como se não fizessem muita questão. E aí isso influenciou muuuuito para a minha tomada de decisão.
Despausa
Então...
Aí eu ainda fiz outro cálculo... o horário de entrada na escola é 8h mas raramente Adriano conseguia chegar com ele na hora certa, ou seja, menos 01 hora de aula. Após o almoço ele dormia por 1h 30 a 2h, ou seja, menos duas horas de aula. Sendo que em casa ele nem dorme durante o dia, então já não é uma soneca tão necessária assim. Cheguei a conclusão que o horário da manhã na escola não rendia tanto e isso também influenciou.
Aí durante a última semana de colônia de férias eu só avisei pra dona da escola e pronto, estava tudo resolvido. Desde 02/08/10 meu menino estuda em horário escolar, na parte da tarde. É aluno do jardim I. A mochila está levando roupas extras mas somente para uma eventualidade. Não há mais banho antes da saída. A sujeira na roupa do corpo vai indicar suas atividades naquelas 4 horas... se ele brincou de massinha, ou de tinta, ou se esfregou no chão.
E vai levar lanche todos os dias. Ganhou até uma lancheira minúscula do Hot Wheels! Vou ter o trabalho delicioso de imaginar toda a noite o que ele vai gostar de comer no dia seguinte, e para evitar ficar de olho no lanche servido pela escola, estou preparando o dele de acordo, sempre que possível.
Vou até me esforçar para fazer um bolo nas quintas feiras, já que toda a sexta a escola oferece bolo.
Ah sim, e teve uma coisa mais positiva ainda!
Não sei se por minha causa, ou se mais alguém reclamou, o fato é que o cardápio da escola desse mês veio totalmente modificado. Nada mais de cachorro quente, pizza, empadas e brigadeiros.
Engoli a minha lamentação "puxa... não podiam ter feito isso antes?" e fiquei feliz deles terem aceito a crítica e feito as modificações. Bom para os que permanecem e para o Arthur que não vai se sentir diferente vendo os outros comendo e ele não.
E então é isso. O sentimento é de que acabou mais uma etapa na vida dele. O próximo passo será passá-lo para uma escola maior, definitiva. Da onde só sairá para a Universidade. Mas deixemos isso para um pouco mais a frente!