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domingo, 16 de dezembro de 2007

Quando o cansaço fala mais alto...

e a gente perde o controle!
Ontem foi assim comigo. Tenho passado por dias muito tumultuados. Não tenho conseguido fazer minhas coisas. O aniversário do Arthur ainda nem saiu do papel. Já decidi que vai ser algo pequeno: bolo, brigadeiro, trem de lanche e no máximo a cama elástica. Mas quem disse que eu sei sequer onde será. Não quero (e não posso) pagar salão de festas, mas também não tenho espaço aqui em casa. Os quintais disponíveis que temos são abertos, sem cobertura, mas tenho medo da chuva de janeiro. Então preciso de um lugar fechado, mas qual? Sem saber onde vai ser a festa eu não consigo fazer mais nada. Nem convite eu fiz ainda. Enfim...
Ainda não comprei um item sequer para o Natal. A árvore continua vazia.
Os únicos presentes que consegui comprar foram os de Amigo Oculto e dos quase mil aniversário desse mês de dezembro. E teve também o da nova membra da família Carvalho, Maria Clara, que nasceu no dia 28 de novembro e ainda nem fomos visitar. Culpa do tempo, de novo!
Só hoje temos o aniversário da Mariana (amiguinha da escola) e depois o Amigo Oculto da turma. Nem sei ainda o que vou fazer com o Arthur já que a farra vai ser "at night". Tentarei deixá-lo com minha mãe, isso se ela não tiver algum compromisso. Sábado passado me animei em sair com a turma para comemorar o aniversário de uma amiga em uma danceteria (ando precisando taaaanto), mas antes que eu perguntasse para minha mãe se ela poderia dormir lá em casa com ele, descobri que ela tinha um aniversário para ir. Nem falei nada. Simplesmente não fomos. Culpa? Não, nenhuma. Foi a escolha que eu fiz. Mas sinto que ser mãe em tempo integral tem me deixado meio esgotada e minha identidade mulher está deixando de existir. Não consigo fazer minhas unhas. Não consigo ir ao salão. Ando mal humorada com o Adriano porque acho que ele poderia fazer mais do que já faz. Enfim...
Ontem foi o café da manhã de confraternização da minha empresa. Arthur correu de um lado para outro o tempo inteiro. Queria fica abrindo e fechando um portão de ferro enorme e se enfiando no meio das mesas, onde não conseguíamos alcançá-lo. Ele está ligado no 220v em tempo integral. Só pára na hora de dormir. Quando chegamos em casa, quase 14:00h eu já estava pra lá de Bagdá de tão cansada, e ainda tínhamos um aniverário de 15 anos para ir à noite. Ele está na fase de não querer ficar sentado em mesa, o que é mais do que natural na idade dele, mas na nossa... é cansativo. Acho que pelo dia agitado que teve, já chegou na festa enjoado. Cismou com o portão da casa. Queria ficar abrindo e fechando (Céus! Será que ele vai ser porteiro?) e como a gente o tirava de lá ficava chorando. Sinais de sono, eu sei, mas quem disse que ele queria dormir? E aquele choramingo no ouvido, somando com o meu cansaço físico e psicológico já estava me deixando mal humorada também. Porque ele não queria outra pessoa que não fosse eu. Ele até ia com o pai, dava uma volta, mas quando voltava na mesa o choro era para meu lado. Sabe aquele momento de pensar: Vou embora porque não adianta ficar aqui e não curtir? Pois é. Só que no caso, como a festa era um bocado distante, fomos em um carro só: Eu, Dri, minha sogra, minha cunhada e Roger. E o carro era o nosso. Vir embora implicava acabar com a festa de todos, so... teríamos que esperar mesmo. Adriano o levou pro carro e ele não dormiu. Lá fui então, pra rua, fazê-lo dormir nos meus braços. Depois de meia hora balançando de um lado para o outro ele dormiu. Na volta, como tiramos a cadeirinha para liberar um espaço a mais no carro, ele veio no meu colo. Se acordado ele pesa 10 kilos, dormindo pesa quase o dobro. Isso numa viagem de mais de uma hora. Chegando em casa lá vou eu trocá-lo, e tentar que ele tome a mamadeira que rejeitou na festa. Pronto. A criança despertou e não quis dormir. Ninei e botei no berço a primeira vez. Acordou de novo. Voltei lá, ninei outra vez e voltei ele para o berço. Acordou de novo. Na terceira vez o Adriano foi. Foi com ele na cozinha, deu água e colocou no berço, sem niná-lo, e o deixou lá, chorando. Se ele não quer dormir depois de ser acalentado, imagina se vai dormir chorando... Lá fui eu de novo, já mal humorada com Adriano, que provavelmente não estava pensando se eu estava cansada ou não, ou tanto quanto ele. Ele simplesmente estava cansado e queria dormir. Eu também estava. Mas Arthur não deixava, e depois de colocá-lo pela quarta vez no berço, já sem braço tamanha a dor que eu já sentia, ele acordou de novo. Aí eu perdi a cabeça e falei alto com ele: "Deita Arthur!" e ele chorou sentido. Deitou e chorou... e eu chorei junto. Aí o peguei de novo e Adriano levantou como se pudesse salvar a pátria: "Me dá ele um pouquinho..." e eu não deixei. Por que não podia deixar Arthur dormir com o susto que levou com minha bronca, porque era a mim que ele queria, porque ele teve duas horas para levantar e perguntar se eu queria ajuda, mas só o fez porque me viu no desespero. Levei Arthur pra sala, expliquei que estava cansada e precisava dormir, que ele precisava dormir também, e pronto. Ele dormiu. Como se tivesse entendido que eu tinha realmente chegado no meu limite. Deitei às 03:15h, mas devo ter levado mais uns 40 minutos para dormir. Esgotada fisicamente, com uma puta dor na coluna e nos braços, culpada, pensando um monte de besteira, se não sou uma boa mãe, se as boas mães podem perder o controle algumas vezes, se o cansaço me faz ser uma pessoa chata e exigente, enfim...
Hoje ao acordar meu bebê chamou a mim "mã-mã-mã" e o pai foi buscá-lo no berço e o trouxe pra nossa cama: "deixa a mamãe dormir" ele disse, mas Arthur não obedeceu e me deu aquele abraço gostoso e aquele sorriso delicioso que só ele sabe dar. Ele me perdoou por ontem, eu sei, mas EU ainda não me perdoei. Tô aqui pensando em como fazer para não deixar o cansaço físico influenciar no meu emocional. Alguma sugestão?

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