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segunda-feira, 16 de março de 2009

A difícil arte de educar

Como mãe não sou melhor nem pior do que as outras... sou igual a todas!
Acerto, erro, aprendo... e tento a cada dia desvendar os mistérios que rondam a maternidade... querendo sempre melhorar, claro...
Confesso que ultimamente ando me questionando no que está faltando em mim pra conseguir dar andamento em algumas questões importantes no desenvolvimento do Arthur.
Não consigo desfraldá-lo;
Não consigo tirá-lo da mamadeira;
Não consigo fazê-lo falar;
Não consigo tirá-lo do berço (tudo bem que ainda nem comprei sua cama...);
Nada do que me proponho a fazer para o desenvolvimento dele vai adiante.
Eu vou seguindo o mantra... cada coisa no seu tempo... cada criança tem um ritmo... no momento certo ele vai fazer isso ou aquilo...
E vou esperando...
Eu assumo mesmo que deixo a responsabilidade do desfralde mais por conta da escola, já que é lá que ele passa a maior parte do tempo. Mas o que eu faço no domingo com relação a isso? Quase nada! Não houve um domingo sequer que eu tenha deixado ele só de cuecas o dia inteiro e ficasse controlando o seu xixi. O máximo que faço é sentá-lo no vaso (com redutor) e incentivá-lo a fazer o nº 1. Espero, espero, converso com ele e... nada. Ele não faz! Então eu desisto e coloco a fralda. E ponto para ele!
No sábado eu cheguei a ver um penico lindo, super colorido, mas acabei não comprando. Entre o "será que vai usar?" "e se não der certo?" optei por deixar o troninho lá na loja mesmo. Se eu tivesse certeza que ele usaria, pagaria os R$40,00 numa boa, agora comprar e ter mais um treco espalhado pela casa sem uso... fala sério!
E a mamadeira? Por umas duas (ou três vezes no máximo) eu coloquei seu leite noturno no copo com tampa (e com válvula - para não fazer lambança na cama). Ele não aceitou. Nem esperando ele ser vencido pela fome. Nem assim. Ele enrolou, enrolou. Troquei pelo copo de canudo, pelo copo puro, insisti, tentei dar de colher e... nada. Ele não aceita seu leite em nada que não seja a mamadeira. E dá uma dó, sabe? Porque ele usa mesmo a dita cuja como consolo para dormir (já que não pegou chupeta - e eu não fiz a mínima questão), mas ele já está com três anos e eu me pergunto se já não passou da hora de fazer a transição...
Assim como já passou da hora dele estar falando.
Tá bom. Eu entendo o problema da adenóide; que ele SÓ não fala, mas entende e reconhece tudo; que ele é muito inteligente pra idade dele, inclusive fazendo coisas que são da faixa etária acima da dele; eu entendo isso tudo! Mas não posso deixar de reconhecer que boa parte da falta da fala dele se chama mesmo PREGUIÇA (ou timidez - ainda estou tentando decifrar!)
Ele não é como as outras crianças, que falam por meio da repetição. Muito pelo contrário. Ele reconhece o objeto (ou a pessoa), e até pode falar por conta própria o que é... mas se a gente perguntar: "O que é isso, filho?" ele se cala! E é assim na maioria das vezes. Agora me digam... como vou incentivá-lo a falar sem perguntar para ele o que é? O fato é que eu não sei explorar toda a inteligência que ele tem...
Nesse ponto a lousa mágica é um enorme adianto. Ali a gente desenha e ele nomeia. Simples assim. E é na lousa que ele "lê" as vogais, os números de 1 a 10 e agora a novidade, as letras de seu nome.
Tá certo que a cada dia ele fala uma coisa nova, ontem mesmo ele soltava um "tchau vião!" sempre que uma aeronave cruzava o céu. E eu reconheço que é só uma questão de tempo, que ele não vai ficar "mudo" por muito mais tempo. Mas ando muito ansiosa com relação a isso e reconheço que estando assim posso atrapalhar todo esse processo de aprendizado.
Na semana passada por exemplo ele veio ao meu encontro na cozinha com seu copo vazio. Pegou minha mão e levou pra geladeira. Eu sabia que ele queria água mas me fiz de desentendida, para forçar que ele falasse "água" já que isso eu tenho certeza que ele sabe falar. Mas não falou. E eu não dei a água. Insisti com ele: "O que você quer? Fala pra mamãe..." Peguei a garrafa d'água, sentei-me no chão com ele e forcei a barra: "Mamãe só vai dar se você pedir... fala pra mamãe: á..." e não completava a frase na (vã) tentativa de que ele completasse. Ele chorou. Chorou. Chorou. E falar "água" que era bom, nada! Cunhada desceu achando que ele tivesse caído. Sogra desceu também. E eu fui firme e não dei. Então ele jogou o copo longe (de pirraça) e meus nervos (que já estavam à flor da pele) fizeram com que eu o fizesse catar o copo no chão da cozinha. Nova guerra (agora para pegar o copo) e cunhada encheu o copo de água para dar-lhe. Eu não deixei. Perdi meu foco, óbvio. Levei pro banheiro pra tentar acalmá-lo e como ele ficou mais nervoso não vi saída a não ser dar a bendita água (ainda que ele não tivesse falado). E estava com muita sede o meu pequeno, tomou o copo cheio. Depois sim, dei o banho e já sozinha com ele conversei, expliquei e espero (do fundo do meu coração) que ele tenha entendido que eu só queria o bem dele. Mãe sofre, viu? Como dormi mal por causa disso...
E eu falei da pirraça né? É que ele está nessa fase de pegar as coisa e jogá-las longe. Não conheço outra forma de corrigir que não seja brigar com ele e fazê-lo pegar de volta. Ainda que eu tenha que pegá-lo nas mãos, levar até o objeto e falar: "Pega!" (mesmo que tenha que repetir a palavra mágica algumas vezes...). E ele pega. Mas continua fazendo... e assim seguimos no mantra: "ele lança o objeto, eu brigo, faço pegá-lo de volta, e ele pega..."
Deus queira que não chegue a fase de se jogar no chão... Não vou aguentar... :(
E para finalizar, agora deu para acordar de noite e querer ir pra nossa cama (coisa que nunca aconteceu antes). Não sei se pelo calor e pelo fato de nosso quarto ser mais fresco. Não sei se por medo de estar sozinho. Não sei se simplesmente porque sabe que estamos em dois em um quarto e ele sozinho no outro. O fato é que ainda não encontramos outra alternativa senão levá-lo pro nosso quarto, esperá-lo se entregar aos braços de Morfeu e devolvê-lo ao seu berço. E isso nos leva a outra dúvida, tirá-lo do berço e fazer sua estréia numa caminha linda! Tá bom... Aí tiramos ele do berço e ao invés dele dormir na SUA cama, vai fugir toda hora para a NOSSA... hahahaha - Idéia adiada até que ele volte a dormir a noite inteira, sem interrupções!
Quem tiver dicas para os itens acima que têm me tirado justas horas de sono, pleeeeeease, não deixem de me dar: sandrilima@ig.com.br
Agradecimentos dessa mãe que vos fala!

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