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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O risco cirúrgico

Estava marcado para a segunda, 05/10.
Sabe aquele dia em que tudo tá indo errado e você insiste em não ler os sinais?
Começou de véspera. Adriano amanheceu com um pêlo encravado no joelho que no final do dia já tinha virado um abscesso. Na segunda feira o joelho dele estava enorme mas por ser a perna direita ele disse que dava para dirigir.
Saí cedo do trabalho, nos encontramos no caminho, buscamos Arthur na escola e de lá partimos para Madureira - clínica CARPE, segundo indicação da pediatra.
No meio do caminho Adriano começou a sentir mal, com ânsia de vômito e cólica intestinal. O mal estar foi tamanho que ele não aguentou e parou para vomitar. Parou 01 vez. Parou de novo. E de novo. E mais uma vez. Foram 4 paradas. E eu sem muito como ajudar. O que eu podia fazer, fiz: comprar remédio em uma das paradas e insistir para que voltássemos para casa, o que ele não quis. Já era um dia perdido de trabalho de ambos. E fora o lugar que demorava a ter data disponível para a consulta. Tanto que esperamos 03 semanas por essa. Então ele dizia a cada parada que já estava melhor e seguia adiante.
Por fim, já em Madureira, paramos em frente ao Corpo de Bombeiro. Depois de alguns minutos parados ali, um homem parou ao ver o Dri passando mal. Eu falei que estávamos com criança no carro e por isso eu não podia sair para pedir ajuda. E então ele se identificou como sargento da corporação (ele estava à paisana) e indicou o quartel para dar atendimento médico adequada. Adriano levou o carro para frente do quartel e de lá já saiu amparado pelos soldados. O tempo que levei para tirar Arthur do carro, trancar tudo e chegar no interior do quartel já tinha sido suficiente para Adriano tomar plasil na veia e já estar bem melhor.
Só para simplificar: eu nunca vi atendimento tããããããão bom, gente tão humana e atenciosa.
Dos soldados aos paramédicos.
Foi Deus quem nos fez parar ali, tenho certeza!
Café, água, cadeira na sala com ar-condiconado para aguardar, balão feito com luva descartável para Arthur e até oferecimento para tirar foto do pequeno (que estava com a corda toooooooda!) no caminhão dos bombeiros - que eu realmente não tirei porque estava sem cabeça para amenidades (e depois me arrependi! rs).
Arthur ficou louco naquele espaço todo e queria correr de um lado para outro, quase me fazendo arrancar meus cabelos. Eu não sabia se corria atrás dele, se acompanhava o atendimento do Dri, se ligava para as pessoas da família para avisar, para a clínica que Arthur tinha hora marcada, uma confusão danada!
A médica colocou Adriano no soro para evitar removê-lo para um hospital (oi?) o que só não fazia porque estávamos com o Arthur. Mas disse que depois do soro ele estaria novinho em folha.
Com isso, liguei para a clínica para avisar do imprevisto e perguntar se poderíamos chegar com um pouco de atraso. E foi aí que eu vi a diferença tããããão grande entre um atendimento e outro.
A atendente, em tom seco, frio e calculista: "Senhora, se seu marido está passando mal é melhor a senhora ir pra casa e me ligar durante a semana para marcar a consulta outro dia". Expliquei que já havíamos esperado por essa consulta por três semanas. Que vínhamos de longe. Que dali a meia hora estaríamos lá. E ela foi taxativa: "Mas a médica não pode esperar!" Então tá, né! A gente pode esperar 2, 3 4 horas por um atendimento. O médico não pode esperar 30 minutos por um paciente. E é pago, hein!
Tão diferentes do Corpo de Bombeiros!
É claro, óbvio e evidente que nunca mais ligaria para aquele lugar.
No dia seguinte tive a brilhante ideia de ligar para o cardiologista da minha mãe para pedir uma indicação. A atendente: "3 anos que a criança tem? Acho que ele mesmo faz!" e confirmou com o Dr. Marcelo. E então no dia seguinte levamos Arthur lá.
Não levamos meia hora na sala de espera e menos ainda com o próprio Dr. Marcelo. Ele viu os exames que já foram feitos e nos explicou no que consistia o risco cirúrgico e como funcionava a sedação tanto para o Bera quanto para a cirurgia. Auscultou o peito do Arthur. Não precisou fazer eletrocardiograma por ele ser muito pequeno e não ter nenhum histórico de doenças cardíacas. E pronto. Menos de 01 hora e já tínhamos em mãos o risco cirúrgico assinado por ele.
E eu estou até agora me perguntando o que eu fui fazer lá em Madureira...
Próximo passo: Bera!
Mas vou deixar para ligar para a Clínica José Kós semana que vem, depois dos Dias das Crianças.
Agora deixa eu ir ali curtir 03 dias com meu filhote. Feriadinho é bom, né não?
Feliz Dia das Crianças para as que você tem em casa tá!
A minha há de ter um dia bem feliz tb!

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